sábado, 11 de dezembro de 2010

Etapas de Tratamento de Água de uma Estação de Tratamento

  O site menciona que o tratamento de água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, para que a água se torne potável. O processo de tratamento de água a livra de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças.

  As etapas do tratamento de água em uma estação de tratamento são as seguintes:

1. Desinfecção

A desinfecção é uma etapa na qual se têm como objetivo a destruição de microrganismos patogênicos, neste caso o produto químico utilizado é o cloro que pode ser utilizado no inicio do tratamento (per cloração), na água decantada (inter cloração) e na água filtrada (pós-cloração) (Sabesp, 2006).

2. Coagulação

Nas ETAs, a coagulação é realizada na unidade de mistura rápida, podendo ser hidráulica ou mecanizada, nesta etapa destacam-se mecanismos nos quais se têm a formação do ressalto hidráulico (vertedor Parshall ou retangular), injetores (tubos providos de orifícios) em tubulações forçadas ou em canais de água bruta, câmaras providas de agitadores mecanizados com diferentes tipos de rotores etc. (Bernardo, 2002).

3. Floculação

Nesta etapa são fornecidas condições para facilitar o contato e a agregação de partículas previamente desestabilizadas por coagulação química, visando a formação de flocos com tamanho e massa específica que favoreçam sua remoção por sedimentação, flotação ou filtração direta. A eficiência da unidade de floculação depende do desempenho da unidade de mistura rápida, a qual é influenciada por fatores como o tipo de coagulante, pH de coagulação, temperatura da água, concentração e idade da solução de coagulante, tempo e gradiente de velocidade da mistura rápida, tipo e geometria do equipamento de floculação e qualidade da água bruta (Bernardo,2002).

1. Decantação

A decantação é o processo no qual se retiram os flocos formados pela agregação de impurezas durante a floculação. A separação entre o decantador e floculador é feita por uma cortina de madeira ou difusos, evitando assim que se propague para o decantador a turbulência criada no floculador, o flocos são depositados formando uma camada de lodo que é arrastada para um poço no cento do decantador (Sabesp, 2006).

2. Filtração

A filtração é o processo de remoção de impurezas, na filtração rápida as impurezas são retidas ao longo do meio filtrante, em contraposição à ação superficial, em que a retenção é significativa apenas no topo do meio filtrante. Independente da condição de filtração, após certo tempo de funcionamento há necessidade da lavagem do filtro. A filtração pode ser realizada com taxa constante ou declinante, dependendo das características de entrada e saída das unidades de uma bateria. No caso da filtração com taxa constante no interior do filtro, de forma que equipamentos de controle podem ou não ser necessários. Como consequência negativa podem ocorrer a elevação da turbidez e o aumento do número de microorganismos (Bernardo, 2002).

3. Correção de PH

Para a correção do ph, é comum o uso de Cal que pode ser aplicada em três etapas: na pré-alcalinização (água bruta), inter alcalinização (água decantada) e na pós- alcalinização (água filtrada) (Sabesp, 2006).

  Na pré-alcalinização ajusta-se o pH de alcalinização, na inter alcalinização a cal auxilia o ajuste do PH final e facilita a remoção de compostos indesejáveis e na pós- alcalinização ajusta-se o pH final da água evitando a corrosão das tubulações (Sabesp, 2006).

4. Produtos Químicos

Produto Função

Carvão ativado em pó

Carvão ativado granular Adsorvente

Ácido Clorídrico

Ácido Sulfúrico Acidificante

Cal Hidratada

Cal Virgem

Carbonato de Sódio

Soda Cáustica Sólida

Soda Cáustica Líquida Alcalinizante

Sukfato de Cobre Algicida

Polímeros Naturais

Polímeros Sintéticos Auxiliares

Coagulação/floculação



Cloro líquido ou gasoso

Hiplocorito de Sódio

Dióxido de Cloro

Ácido Peracético

Ozônio

Permanganato de Potássio

Peróxido de Hidrogênio Desinfetantes e Oxidantes



Cloreto Férrico PA

Cloreto Férrico Comercial líquido

Sulfato ferroso clorado líquido

Sulfato Férrico PA

Sulfato Férrico comercial

Sulfato Férrico comercial líquido

Hidróxi- cloreto de Alumínio Líquido

Hidróxi-cloreto de Alumínio em pó

Sulfato de Alumínio PA

Sulfato de Alumínio comercial líquido

Tanato Coagulantes Químicos

Fonte: (Bernardo, 2002)



5. Distribuição

  Após a filtração, a água passa por uma unidade de mistura onde são adicionados cal, cloro e flúor, sendo então distribuída para a população, devendo atender a parâmetros da portaria 518 do Ministério da Saúde.

  No município de Goiatuba-GO, a concessionária responsável pelo abastecimento de água é a Saneago – Saneamento de Goiás S/A- que segue os procedimentos de acordo com as legislações e normas sobre o assunto, o tratamento.
  Produzir água potável não é fácil. Requer investimento de grandes cifras para construir estações de tratamento e comprar os insumos necessários para purificá-la. A qualidade da água tratada depende do seu uso. É de vital importância para a saúde pública que a comunidade conte com um abastecimento seguro que satisfaça as necessidades domésticas tais como o consumo, a preparação de alimentos e a higiene pessoal. Por isso é fundamental que se tenha um tratamento, e principalmente, uma qualidade na água que todos os seres humanos irão consumir.



Algumas Legislações sobre o assunto:



- DECRETO Nº 79.367, DE 9 DE MARÇO DE 1977.

Dispõe sobre normas e o padrão de potabilidade de água e dá outras providências.

- DECRETO Nº 5.440, DE 4 DE MAIO DE 2005.

Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano.

- PORTARIA Nº 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004

Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.

 




Referências Bibliográficas:

BERNADO, Luiz di; Bernado, Angela di; Filho, Paulo Luiz Centrione. Ensaios de Tratabilidade de água e dos resíduos gerados em estações de tratamento de água . Rima. São Carlos. 2002.

____DECRETO Nº 5.440, de 4 de maio de 2005. Disponível em: http://www.saneago.com.br/novasan/Decreto5440_05.pdf. Acesso em 12/10/2010.


____DECRETO N°79.367, de 9 de Março de 1977. Disponível em: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=100155. Acesso em 13/10/2010.

____Etapas do tratamento de água. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/tratamento_agua.htm. Acesso em 13/10/2010.


____Ministério da Saúde. Portaria 518, de 25 de março de 2004.


____PORTARIA nº 518, de 25 de março de 2004. Disponível em: http://www.saneago.com.br/novasan/portaria518.pdf. Acesso em 12/10/2010.

____SABESP. Estação de Tratamento de Água Guaraú, 2006.

____http://www.saneago.com.br/. Acesso em 13/10/2010.

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