sábado, 11 de dezembro de 2010

CONHECENDO O MUNICÍPIO DE GOIATUBA - GO

Goiatuba é um município brasileiro do estado de Goiás. Sua população estimada em 2006 pelo IBGE era de 32.304 habitantes. Hoje o municipio possui uma população de 32.481 mil Habitantes segundo dados do IBGE-2010. Área da unidade territorial é de 247511,Km².

Total de homens: 16.218 pessoas

Total de mulheres: 16.263 pessoas

Total da população urbana: 29.934 pessoas

Total da população rural: 2.547 pessoas

Eleitorado: 24725 Eleitores

PIB per capita: 19.567 Reais

Fonte: IBGE, Primeiros Resultados do Censo 2010.

 Potencialidades

O município de Goiatuba enquadra-se entre um dos mais desenvolvidos e bem sucedidos no setor da agricultura no Sul do estado de Goiás, O município de Goiatuba possui uma ampla área do seu território, a predominância de terras com características físicas compatíveis para o uso com a agricultura, cujos solos podem ser utilizados com esta atividade, com poucas limitações e riscos de degradação.

 Geografia

O município de Goiatuba pertence a região SUL do estado de Goiás e na microrregião homogênea, vertente Goiana do Paranaíba, localizando-se entre o paralelo 17º 46' 48" e os meridianos 49º 10' 00" e 50º 18' 00" de longitude oeste. A sede do município localiza-se à 18º 00' 48" de latitude sul por 49º 21' 30" longitude oeste, a uma altura média de 783 metros acima do nível do mar. No município, as costas altimétricas variam de 400 a 850 metros com altura média de 475 metros acima do nível do mar.

A sede do município está integrada a todos os municípios vizinhos por rodovias asfaltadas, assegurando farta disponibilidade de matérias-primas com baixos custos de transporte. Seu solo e clima são propícios à produção de grãos, inclusive para campos de sementes. Está cravada na ponta norte do Aquífero Guarani, o maior manancial de água doce do mundo.



 Limites

Limita-se ao norte com os municípios de Vicentinópolis, Joviânia, e Morrinhos; ao sul, com os municípios de Castelândia, Bom Jesus de Goiás, Itumbiara e Panamá; a leste, com Buriti Alegre e a oeste com Porteirão.



 Área

A área do município é de 247.510 hectares de pura fertilidade, contando atualmente com o Distrito de Marcianópolis e quatro aglomerados: Santo Antônio, Serrinha, Posto Alvorada e Venda Seca.



AGRICULTURA

 Número das fazendas: 745

 Área total: 152,077

 Área de colheitas permanentes: 991

 Área de colheitas perenal: 71,500

 Área de pasto natural: 56,773

 Pessoas dependentes de cultivar: 2,500

 As principais culturas são: Arroz, algodão, banana, feijão, milho, soja, sorgo, laranja, café, mandioca, cana-de-açúcar.

 Soja:

 Soja (em grão) - Quantidade produzida: 117.600 Tonelada

 Soja (em grão) - Valor da produção: 60.682 Mil Reais

 Soja (em grão) - Área plantada: 48.000 Hectare

 Soja (em grão) - Área colhida: 48.000 Hectare

 Soja (em grão) - Rendimento médio da produção: 2.450 Quilogramas por Hectare



 Principais Usinas em Funcionamento

O cultivo de cana-de-açúcar teve um grande crescimento do ano de 1999 (7.874ha de área plantada) à 2008 (23.370ha de área plantada), e tende a crescer ainda mais. Com a implantação de novas usinas alcooleiras na região, como a Central Energética Morrinhos (Usina CEM) que se localiza entre o município de Goiatuba e o município de Morrinhos, e a usina Bom sucesso, que faz parte do Grupo Farias, esta está localizada no povoado de Venda Seca do Município de Goiatuba, além da usina Goiasa que se localiza entre os municípios de Goiatuba e Bom Jesus de Goiás, esta já está instalada na região há algum tempo, vários agricultores apostam no cultivo da cana-de-açúcar.



 Principais usinas:



 Bionasa Combustível Natural Goiatuba

 Goiasa Goiatuba álcool Ltda

 JCS Usina de Álcool e Açúcar Goiatuba

 Vale Verde Empreendimentos Agrícolas Ltda

 Destilaria Tondin Goiatuba



PECUÁRIA

Dados de 2006 IBGE:

 Levantamento do gado: cabeça 98.100 (2006)

 Espécie de efetivo - Bovinos - Número de estabelecimentos agropecuários: 568 Unidades

 Espécie de efetivo - Bovinos - Número de cabeças: 88.039 Cabeças

 Número de estabelecimentos agropecuários que produziram leite no ano: 441 Unidades

 Vacas ordenhadas no ano nos estabelecimentos agropecuários: 9.403 Cabeças

 Quantidade produzida de leite de vaca no ano nos estabelecimentos agropecuários: 13.706 Mil litros

 Valor da produção de leite de vaca no ano nos estabelecimentos agropecuários: 5.996 Mil Reais

 Quantidade produzida de leite de vaca cru beneficiado no ano nos estabelecimentos agropecuários: 135 Mil litros

 Número de estabelecimentos agropecuários que venderam leite cru no ano: 418 Unidades

 Quantidade vendida no ano de leite de vaca cru nos estabelecimentos agropecuários: 13.507 Mil litros

 Valor da venda no ano de leite de vaca cru nos estabelecimentos agropecuários: 5.920 Mil Reais



REDE HOSPITALAR

O município possui apenas 03 (três) hospitais, sendo que:

 01 Hospital de Rede Pública - Hospital Regional de Goiatuba-GO (SUS);

 02 Hospitais de Rede Privada - Hospital Frei Anacleto e Casa de Saúde São José.

 Camas do hospital: 139

Fonte: (Sepin/IBGE)

 Instrução e saúde

 Taxa do Literacy: 88.8%

 Taxa da mortalidade infantil: 13.30 em 1.000 nascimentos vivos

 Escolas: 24 (2006)

 Estudantes: 9,253

 Instrução mais elevada: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba- FAFICH - da FESG.



INDÚSTRIAS

A economia é baseada na agricultura e no gado que levantam, mas Goiatuba tem diversas empresas grandes. As áreas são diversas: processamento de aves e ovos - Frangoiano; GloboAves, vendas de automóveis, produtos a base de leite, e equipamentos agrícolas. Há destilação do álcool- Goiasa (ltda.), sementes - Sementes Los Globo, uma fábrica de processamento de leite - Laticínio Polenghi (que produz a maioria do sorvete vendido para a McDonald's no Brasil), e duas plantas de fertilizantes - Adubos Sul Goiano, Adubos Terra Verde.



COMÉRCIO

 Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008:



 Número de unidades de empresas locais: 782 Unidades

 Pessoal ocupado total: 8.885 Pessoas

 Pessoal ocupado assalariado: 7.875 Pessoas

 Unidades industriais: 55 (06/2007)

 Unidades de varejo: 413 (08/2007)

 Número de Comércio Filiado ao SPC: 220



 Agências Bancárias

 Banco do Brasil S.A.

 BRADESCO S.A.

 ITÁU S.A.

 CEF -Caixa Econômica Federal- S.A.

 Banco Real Santander ABN AMRO. - Brasil S.A.

 Banco HSBC - S.A.



ORGÃOS DO GOVERNO FEDERAL E ESTADUAL



 Agências do Governo Federal

 INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social

 Cartório Regional Eleitoral

 Correios

 SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

 FUNASA - Fundação Nacional de Saúde



 Agências do Governo Estadual

 Secretaria Regional de Educação

 Agência Rural

 Saneago - Saneamento de Goiás S.A.

 CELG - Centrais Elétricas de Goiás

 CEP - Centro de Educação Profissional de Goiatuba

 PROCOM - Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor

 Banco do Povo

 Agência Fiscal

 Delegacia de Polícia

 Fórum

 Ministério Público Estadual

 Batalhão de Policia Militar do estado de Goiás



 Órgão de Defesa do Consumidor

 PROCOM - Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor



PODERES CONSTITUÍDOS



 Executivo

 Prefeitura Municipal de Goiatuba

Prefeito: Marcelo Vercesi Coelho (PMDB)

Gestão: 2009/2012

Endereço: Rua São Francisco, nº 570 - Centro

CEP: 75600-000

Fones/Fax: (64) 3495-0000 / (64) 3495-0025

Email: contato@goiatuba.go.gov.br





 Legislativo

 Câmara Municipal de Goiatuba

Formado pelos Vereadores:

 Fernando Carlos de Vasconcelos

Presidente da Câmara dos Vereadores

 Izaías Mendes Piretti

Vice-Presidente da Câmara dos Vereadores

 Sieber Marques Buzain

Primeiro Secretário Câmara dos Vereadores

 Venilton Avelinar de Resende

Segundo Secretário Câmara dos Vereadores

 Ailton Caetano pereira

 Carlos Henrique Soares Borges

 Divino Marques Ferreira

 Donizete Antônio Alves Borges

 Lair da Silva Mendonça

Endereço: Rua Mamoré, 466 - S Central Goiatuba - GO,

CEP: 75600-000, Brasil

Fone:(0xx)64 3495-1505



 Judiciário

 Fórum Judiciário

Juiz Responsável: Dr. Olavo Junqueira de Andrade - Diretor do Fórum de Goiatuba

Endereço: Rua Rio Grande Sul, 65 - Setor Central Goiatuba - GO,

CEP: 75600-000, Brasil

Fone: (0xx)64 3495-2360





PROSPERIDADE

A municipalidade é um do mais próspera no estado. Goiatuba começou uma contagem de 0.812 nos IDH - Índice humano do desenvolvimento, pondo o no 4° lugar fora de 242 municipalidades no estado. Nacionalmente espesso 350 fora de 5.507 municipalidades.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



___Goiatuba. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Goiatuba. Acesso em 04/12/2010.

___Goiatuba-GO. Disponível em: http://www.ogol.com.br/local.php?id=438. Acesso em 05/12/2010

___Goiatuba-GO. Disponível em: http://www.goiatuba.go.gov.br/historia.php. Acesso em 05/12/2010.

___Sepin/IBGE . Disponível em: http://www.seplan.go.gov.br/sepin/. Acesso em 06/12/2010.

___Goiatuba-GO. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso em 06/12/2010.

A Reciclagem no Brasil

De acordo com o site (www.ambientebrasil.com.br/) a reciclagem é um processo industrial que converte o lixo descartado (matéria-prima secundária) em produto semelhante ao inicial ou outro. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. A palavra reciclagem foi introduzida ao vocabulário internacional no final da década de 80, quando foi constatado que as fontes de petróleo e outras matérias-primas não renováveis estavam e estão se esgotando. Reciclar significa = Re (repetir) + Cycle (ciclo).

A reciclagem traz os seguintes benefícios:

• Redução dos custos ambientais e de saúde pública;

• Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar;

• Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população;

• Prolonga a vida útil de aterros sanitários;

• Melhora a produção de compostos orgânicos;

• Gera empregos para a população não qualificada;

• Gera receita com a comercialização dos recicláveis;

• Estimula a concorrência, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são comercializados em paralelo àqueles gerados a partir de matérias-primas virgens;

• Resgate social com a criação de cooperativas e associações de catadores;

• Contribui para a valorização e diminuição dos custos da limpeza pública e para formar uma consciência ecológica.

As cooperativas e associações são importantes para ajudar na limpeza das cidades, assim os catadores são considerados como agentes protetores do meio ambiente, essas cooperativas ajudam a solucionar os problemas dos resíduos sólidos no planeta, eles contribuem para a transformação de produtos que iriam prejudicar o meio ambiente em novos produtos que consumiram outros recursos naturais.

O projeto de lei irá estimular principalmente a criação de novas cooperativas e associações de catadores, além de ajudar na melhoria das remunerações destes catadores que são agentes ambientais e ajudam a sanar alguns dos problemas ambientais da atualidade. O objetivo da nova lei, é acabar, a longo prazo, com os lixões e obrigar municípios e empresas a criarem programas de manejo e proteção ambiental.

Esse tema é bastante interessante e importante para que as melhorias necessárias para que o Brasil se torne um país que aplica políticas de sustentabilidades possa estar fazendo sua parte na melhoria ambiental do planeta.







Referências Bibliográficas



___Reciclagem. Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem/%20reciclagem.html. Acesso em 03/12/2010.

___Vídeo Bioconsciência - Resíduos Sólidos - Programa Bioconsciência CEMPRE e Fundação Banco do Brasil, disponível em: http://www.cempre.org.br/videos.php. Acesso em 03/12/2010.

Os Principais Problemas da Gestão do Serviço de Limpeza Urbana de uma Cidade

O tema da limpeza urbana está assumindo papel de destaque entre as crescentes demandas da sociedade brasileira e das comunidades locais. Seja pelos aspectos ligados à veiculação de doenças e, portanto, à saúde pública; seja pela contaminação de cursos d'água e lençóis freáticos, na abordagem ambiental; seja pelas questões sociais ligadas aos catadores ¬ em especial às crianças que vivem nos lixões ¬ ou ainda pelas pressões advindas das atividades turísticas, é fato que vários setores governamentais e da sociedade civil começam a se mobilizar para enfrentar o problema, por muito tempo relegado a segundo plano.

Há quem diga que o estado de limpeza de um município reflete o grau de civilização de seus habitantes e a eficiência de seus administradores. Nas duas últimas décadas, o Brasil mudou muito. As cidades tiveram um crescimento acelerado e muitas vezes desordenado e, ao mesmo tempo, as mudanças econômicas e tecnológicas alteraram os hábitos de consumo dos cidadãos, gerando o aumento e a diversificação do volume dos resíduos sólidos e da sua composição qualitativa, implicando ainda, no surgimento de hábitos prejudiciais ao bem-estar social que favorecem a progressiva degradação da qualidade de vida e ambiental devido ao grande descaso em relação aos dejetos produzidos.

No município de Goiatuba-GO tem-se um serviço de limpeza urbana realizado pela Prefeitura do município, até poucos tempos atrás Goiatuba (que fica na região Sul de Goiás) era considerada a “Princesinha do Sul”, pois foi considerada uma das cidades mais limpas do estado de Goiás, atualmente as coisas não estão indo como já foi um dia, porém o serviço é considerado bom, os principais problemas da limpeza urbana encontrados segundo os responsáveis pelo setor são: a capacitação de agentes municipais responsáveis pelos serviços de limpeza urbana e a existência de um referencial técnico para auxiliá-los na preparação e implementação dos seus programas de resíduos sólidos.



Fontes: http://www.resol.com.br/cartilha4/apresentacao/apresentacao.php. Acesso em 27/11/2010

http://www.ietec.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/175. Acesso em 27/11/2010

Saneamento Básico no Brasil

O Brasil é um país com grande extensão territorial, além de ser um dos países com maior distribuição de recursos hídricos do mundo, porém enfrenta uma dura realidade nas questões de saneamento básico. Apesar da importância para saúde e meio ambiente, o saneamento básico no Brasil está longe de ser adequado.

Zinato e Oliveira (2010) citam que a água é utilizada de diversas maneiras no dia a dia, em residências, indústrias, hospitais, edifícios públicos ou comerciais, em toda cidade. Depois de eliminada, ela passa a ser chamada de esgoto. E esse esgoto, ao ser afastado das edificações por meio de um sistema de coleta, vem sendo, de maneira geral, lançado nos corpos d´água que abastecerão outras cidades a jusante.

Tal esgoto deveria passar por um tratamento de qualidade, afim de que, diminuísse a carga poluidora deste esgoto, evitando assim a poluição dos mananciais e a propagação de doenças proveniente da água.

No Brasil mais da metade da população não conta, sequer, com redes para coleta de esgotos e 80% dos resíduos gerados são lançados diretamente nos rios, sem nenhum tipo de tratamento. (http://www.mananciais.org.br).

Machado (2010) menciona que o saneamento permeia por cinco vértices, visando sempre a saúde e o bem estar da população. Saneamento básico é direito de todos e obrigação dos governos (municipal, estadual e federal) de propiciar para a população.

O descaso e a ausência de investimentos no setor de saneamento no Brasil, em especial nas áreas urbanas, compromete a qualidade de vida da população e do meio ambiente. Enchentes, lixo, contaminação dos mananciais, água sem tratamento e doenças apresentam uma relação estreita.

As questões que envolvem o saneamento básico são amplas, podendo desencadear diversos problemas ambientais, principalmente questões de sáude pública, podendo ocasionar doenças como: diarréias, dengue, febre tifóide e malária, que resultam em milhares de mortes anuais, especialmente de crianças, são transmitidas por água contaminada com esgotos humanos, dejetos animais e lixo.

A ausência de investimentos em itens tão fundamentais como os serviços de saneamento têm impactos sobre a saúde da população e o meio ambiente. Desta forma pode-se notar que gastos com politicas de saneamento básico não podem ser considerados como desperdicio de dinheiro (gasto) mais sim como um investimento, pois aplicando e melhorando este seguimento haverá uma redução com futuros problemas em outros seguimentos - como por exemplo saúde pública, questões ambientais e outros.

No fórum da diciplina de esgoto e saneamento básico do curso da posead (2010) foram abordados diversos tópicos relevantes para melhoria das questões de saneamento básico no Brasil, o principal tópico mencionados pelos alunos foram as questões voltadas para saúde, que com certeza é o seguimento público mais afetado pela falta de infraestrutura e investimentos na melhoria do saneamento básico no Brasil.

Assim, nota-se que existe uma falta de políticas e principalmente um comprometimento com tais questões, pois um país com a quantidade de pessoas que ainda sofrem com a falta de saneamento básico, tais questões deveriam ser urgentemente melhoradas, para garantir o mínimo de qualidade de vida necessária para a população.






Referências Bibliográficas



Água : Saneamento no Brasil. Disponível em: www.mananciais.org.br/site/agua/saneamento. Acesso em 12/11/2010.



MACHADO, Marina Sardinha. Saneamento Básico no Brasil. Fórum da disciplina Esgoto e Saneamento Básico (Posead, 2010). Disponível em: http://lms.ead1.com.br/forum_lis.php?frmTipoForum=Forum&frmCodModulo=&flaAtividadeForum=S&frmCodTurma=16847&frmCodigo=0&frmCodTitulo=30453&frmDesTema=1.A situação brasileira em esgotamento sanitário&frmTipo=semtema&frmDestituloWebFolio=1.A situação brasileira em esgotamento sanitário&frmIdeStatus=Ativo&pesquisar_bool=false#607805. Vários acessos.



ZINATO, MC & OLIVEIRA, C.. Esgoto e Saneamento Básico. POSEAD, Universidade Gama Filho. Brasília-DF, 2008. (apostila).



Pacto Pelo Saneamento Básico

O Capítulo IX da Lei 11.445/2007 estabelece a Política Federal de Saneamento Básico e orienta a ação do Governo Federal por meio da definição de um conjunto amplo de diretrizes e objetivos; assim como institui o Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB como eixo central, instrumento de implementação da Lei, responsável pelos objetivos e metas para a universalização e definição de seus programas e ações e estratégia de investimento.

Com a criação do PAC (Programa de Aceleramento do Crescimento) as questões envolventes sobre saneamento básico estão ganhado uma melhor ênfase, estão sendo adquiridos novos investimentos em todas as áreas de saneamento básico.

Várias propostas para o setor de saneamento básico vêm sendo discutidas ao longo dos últimos dez anos. As discussões esbarram em questões polêmicas, de cunho político institucional, como a titularidade e a competência para prestação de serviços. No momento atual, acirram-se as discussões em torno dos instrumentos normativos que compõem o mais recente projeto político do governo federal, levando a crer que uma solução de consenso levará ainda algum tempo.

O Projeto de Lei que regulamenta os Consórcios Públicos é um dos pontos polêmicos da questão. A introdução dessa nova figura jurídica no saneamento vem polarizando as discussões que recaem sobre o comprometimento e enfraquecimento das empresas estaduais de saneamento, principais operadoras dos serviços. Alega-se que somente os municípios mais fortes e mais rentáveis, sob o ponto de vista econômico, poderão organizar-se para a prestação de serviços de interesse comum, restando às companhias estaduais, serviços não rentáveis. Como agravante, reclama-se ainda a perda dos subsídios cruzados que hoje minimizam os déficits operacionais.

Referências:

http://www.cidades.gov.br/secretariasnacionais/saneamentoambiental/acoes/plansab/plano-nacional-de-saneamento-basico. Acesso em 05/11/2010.

http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/abes23/V-012.pdf. Acesso em 05/11/2010.

http://blogln.ning.com/group/meioambiente/forum/topics/plano-nacional-de-saneamento. Acesso em 05/11/2010.

Saneamento Básico no Brasil

Atualmente um dos problemas ambientais mais preocupantes no Brasil é a questão do saneamento básico.

Pode-se notar uma falta de investimentos em itens tão fundamentais para a população como o saneamento básico, pois esta questão é garantida em lei (LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico), porém o que se nota é uma falta, e principalmente um descaso nestes investimentos.

Com a falta de uma política de saneamento básico eficaz que atenda a maioria da população brasileira, tem-se uma série de outros problemas que acabam ficando mais caro para a administração pública, como por exemplo as questões de incidência de doenças.

A Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) “considera a falta de saneamento adequado um dos mais sérios problemas ambientais e sociais que afetam os municípios brasileiros, refletindo no quadro epidemiológico com altos índices de mortalidade infantil e alta incidência de várias doenças como dengue, esquistossomose, doença de Chagas, malária, diarréias, verminoses entre outras”.

Contudo, pode-se avaliar que as políticas voltadas para esta questão deveriam ser levadas mais a sério, e melhoradas, pois, apesar do pouco que já se fez, ainda tem muito o que melhorar.





Referências:

___BRASIL. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Avaliação de impacto na saúde das ações de saneamento: marco conceitual e estratégia metodológica. Organização Pan-Americana da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.



___BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água. 2ª ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006.



___BRASIL. LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm. Acesso em 23/10/2010.

Água, Mananciais e Saúde

A água que abastece as residências de todas as cidades vem de reservatórios de água doce, superficiais ou subterrâneos, chamados de mananciais.

De acordo com o site da Sabesp (Saneamento Básico do Estado de São Paulo) os mananciais são reservas hídricas ou fontes disponíveis de água utilizadas para o abastecimento. Pode-se afirmar que o tratamento da água começa nestes locais, pois o trabalho preventivo na sua preservação é fundamental para a garantia da qualidade.

No entanto, a água desses reservatórios não é própria para o consumo humano, ou seja, não é potável. Vários poluentes ou microorganismos patogênicos podem ser encontrados nas águas dos mananciais. O despejo indevido de esgoto, a falta de planejamento da urbanização, o despejo de resíduos industriais e o desmatamento são alguns dos fatores que contribuem para a poluição e a degradação dessas áreas.

Produzir água potável não é fácil. Requer investimento de grandes cifras para construir estações de tratamento e comprar os insumos necessários para purificá-la. A qualidade da água tratada depende do seu uso. É de vital importância para a saúde pública que a comunidade conte com um abastecimento seguro que satisfaça as necessidades domésticas tais como o consumo, a preparação de alimentos e a higiene pessoal.

A qualidade de vida das populações depende do acesso aos bens necessários à sua sobrevivência. A água potável, assim como a coleta de esgoto, tem fundamental importância para a diminuição do índice de mortalidade infantil, pois evitam a disseminação de doenças vinculadas às más condições sanitárias e de saúde. Esses itens são igualmente importantes quando nos referimos ao aumento da expectativa de vida da população. A baixa expectativa de vida também é um indicador da pobreza que atinge a população.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o processo de tratamento de água é responsável por uma grande melhoria na qualidade de vida da população, reduzindo o índice de mortalidade infantil e a disseminação de doenças como hepatite, cólera e febre tifóide.

Segundo Oliveira e Zinato (2010) as alterações climáticas e ambientais, os desflorestamentos, as inundações e outros fenômenos meteorológicos ou até mesmo mudanças de correntes migratórias por criação ou extinção de pólos econômicos influenciam decisivamente o comportamento dos vetores podendo exacerbar ou criar vulnerabilidades. O mesmo acontece em relação a despejos oriundos de atividades industriais, extrativas ou agrícolas ou de esgotos domésticos sem tratamento ou disposição inadequada de resíduos sólidos.

Infelizmente, grande parte dos mananciais estão sendo degradados, os principais fatores relacionados à degradação dos mananciais são derivados do crescimento urbano e agrícola não planejado, ocasionando o mau uso e ocupação do solo, despejos clandestinos de esgotos, erosão desmatamento e atividades industriais ou agrícolas desprovidas de ações de controle ambiental.

Para sanar estes problemas relacionados com a degradação dos mananciais é necessária uma política eficaz de fiscalização e proteção destes mananciais, pois a saúde de cada pessoa que consome estas águas depende da qualidade deste liquido tão importante e essencial a manutenção da vida.





Referências Bibliográficas:


______Mananciais. Disponível em: http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=31. Acesso em 02/10/2010.

OLIVEIRA, Cecy; ZINATO, Maria do Carmo. Água e Saneamento Básico. POSEAD, Universidade Gama Filho. Brasília-DF, 2010.

Etapas de Tratamento de Água de uma Estação de Tratamento

  O site menciona que o tratamento de água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, para que a água se torne potável. O processo de tratamento de água a livra de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças.

  As etapas do tratamento de água em uma estação de tratamento são as seguintes:

1. Desinfecção

A desinfecção é uma etapa na qual se têm como objetivo a destruição de microrganismos patogênicos, neste caso o produto químico utilizado é o cloro que pode ser utilizado no inicio do tratamento (per cloração), na água decantada (inter cloração) e na água filtrada (pós-cloração) (Sabesp, 2006).

2. Coagulação

Nas ETAs, a coagulação é realizada na unidade de mistura rápida, podendo ser hidráulica ou mecanizada, nesta etapa destacam-se mecanismos nos quais se têm a formação do ressalto hidráulico (vertedor Parshall ou retangular), injetores (tubos providos de orifícios) em tubulações forçadas ou em canais de água bruta, câmaras providas de agitadores mecanizados com diferentes tipos de rotores etc. (Bernardo, 2002).

3. Floculação

Nesta etapa são fornecidas condições para facilitar o contato e a agregação de partículas previamente desestabilizadas por coagulação química, visando a formação de flocos com tamanho e massa específica que favoreçam sua remoção por sedimentação, flotação ou filtração direta. A eficiência da unidade de floculação depende do desempenho da unidade de mistura rápida, a qual é influenciada por fatores como o tipo de coagulante, pH de coagulação, temperatura da água, concentração e idade da solução de coagulante, tempo e gradiente de velocidade da mistura rápida, tipo e geometria do equipamento de floculação e qualidade da água bruta (Bernardo,2002).

1. Decantação

A decantação é o processo no qual se retiram os flocos formados pela agregação de impurezas durante a floculação. A separação entre o decantador e floculador é feita por uma cortina de madeira ou difusos, evitando assim que se propague para o decantador a turbulência criada no floculador, o flocos são depositados formando uma camada de lodo que é arrastada para um poço no cento do decantador (Sabesp, 2006).

2. Filtração

A filtração é o processo de remoção de impurezas, na filtração rápida as impurezas são retidas ao longo do meio filtrante, em contraposição à ação superficial, em que a retenção é significativa apenas no topo do meio filtrante. Independente da condição de filtração, após certo tempo de funcionamento há necessidade da lavagem do filtro. A filtração pode ser realizada com taxa constante ou declinante, dependendo das características de entrada e saída das unidades de uma bateria. No caso da filtração com taxa constante no interior do filtro, de forma que equipamentos de controle podem ou não ser necessários. Como consequência negativa podem ocorrer a elevação da turbidez e o aumento do número de microorganismos (Bernardo, 2002).

3. Correção de PH

Para a correção do ph, é comum o uso de Cal que pode ser aplicada em três etapas: na pré-alcalinização (água bruta), inter alcalinização (água decantada) e na pós- alcalinização (água filtrada) (Sabesp, 2006).

  Na pré-alcalinização ajusta-se o pH de alcalinização, na inter alcalinização a cal auxilia o ajuste do PH final e facilita a remoção de compostos indesejáveis e na pós- alcalinização ajusta-se o pH final da água evitando a corrosão das tubulações (Sabesp, 2006).

4. Produtos Químicos

Produto Função

Carvão ativado em pó

Carvão ativado granular Adsorvente

Ácido Clorídrico

Ácido Sulfúrico Acidificante

Cal Hidratada

Cal Virgem

Carbonato de Sódio

Soda Cáustica Sólida

Soda Cáustica Líquida Alcalinizante

Sukfato de Cobre Algicida

Polímeros Naturais

Polímeros Sintéticos Auxiliares

Coagulação/floculação



Cloro líquido ou gasoso

Hiplocorito de Sódio

Dióxido de Cloro

Ácido Peracético

Ozônio

Permanganato de Potássio

Peróxido de Hidrogênio Desinfetantes e Oxidantes



Cloreto Férrico PA

Cloreto Férrico Comercial líquido

Sulfato ferroso clorado líquido

Sulfato Férrico PA

Sulfato Férrico comercial

Sulfato Férrico comercial líquido

Hidróxi- cloreto de Alumínio Líquido

Hidróxi-cloreto de Alumínio em pó

Sulfato de Alumínio PA

Sulfato de Alumínio comercial líquido

Tanato Coagulantes Químicos

Fonte: (Bernardo, 2002)



5. Distribuição

  Após a filtração, a água passa por uma unidade de mistura onde são adicionados cal, cloro e flúor, sendo então distribuída para a população, devendo atender a parâmetros da portaria 518 do Ministério da Saúde.

  No município de Goiatuba-GO, a concessionária responsável pelo abastecimento de água é a Saneago – Saneamento de Goiás S/A- que segue os procedimentos de acordo com as legislações e normas sobre o assunto, o tratamento.
  Produzir água potável não é fácil. Requer investimento de grandes cifras para construir estações de tratamento e comprar os insumos necessários para purificá-la. A qualidade da água tratada depende do seu uso. É de vital importância para a saúde pública que a comunidade conte com um abastecimento seguro que satisfaça as necessidades domésticas tais como o consumo, a preparação de alimentos e a higiene pessoal. Por isso é fundamental que se tenha um tratamento, e principalmente, uma qualidade na água que todos os seres humanos irão consumir.



Algumas Legislações sobre o assunto:



- DECRETO Nº 79.367, DE 9 DE MARÇO DE 1977.

Dispõe sobre normas e o padrão de potabilidade de água e dá outras providências.

- DECRETO Nº 5.440, DE 4 DE MAIO DE 2005.

Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano.

- PORTARIA Nº 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004

Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.

 




Referências Bibliográficas:

BERNADO, Luiz di; Bernado, Angela di; Filho, Paulo Luiz Centrione. Ensaios de Tratabilidade de água e dos resíduos gerados em estações de tratamento de água . Rima. São Carlos. 2002.

____DECRETO Nº 5.440, de 4 de maio de 2005. Disponível em: http://www.saneago.com.br/novasan/Decreto5440_05.pdf. Acesso em 12/10/2010.


____DECRETO N°79.367, de 9 de Março de 1977. Disponível em: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=100155. Acesso em 13/10/2010.

____Etapas do tratamento de água. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/tratamento_agua.htm. Acesso em 13/10/2010.


____Ministério da Saúde. Portaria 518, de 25 de março de 2004.


____PORTARIA nº 518, de 25 de março de 2004. Disponível em: http://www.saneago.com.br/novasan/portaria518.pdf. Acesso em 12/10/2010.

____SABESP. Estação de Tratamento de Água Guaraú, 2006.

____http://www.saneago.com.br/. Acesso em 13/10/2010.

A Situação da Água no Brasil



  O Brasil é um dos países com maior abundância de recursos hídricos do mundo, somente na Região Norte está concentrado mais de 70% desses recursos hídricos. Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender a 93% da população (DNAEE 1992).

  No Brasil existe uma má distribuição dos recursos hídricos, onde os estados com menor concentração demográfica possuem a maioria desses recursos, nas regiões com maiores concentrações de pessoas existem uma racionalização ou falta de água.

  Em 1997 foi instituída a Lei 9.433, a Lei das Águas, que criou o Conselho Nacional de Recursos Hídricos e fixou, pela primeira vez, uma política pública no Brasil que atribui a um comitê da bacia o poder concreto de decidir as políticas de conservação e uso sustentável dos recursos hídricos. Essa lei foi um marco na história brasileira, pois contribui para que o país se comprometa com os recursos hídricos existentes aqui.

  Calcula-se que no Brasil quase 50% da água captada para uso são destinadas para irrigação, em apenas 5% da área total. Um dos grandes desafios hoje é ampliar essa área, adotando técnicas e equipamentos mais eficientes, pois estima-se que apenas metade da água irrigada chega as raízes das plantas. Essa realidade mostra que a maioria da água é utilizada para outros fins, quando isso deveria ser ao contrário, essa água deveria ser utilizada para uso doméstico prioritariamente e depois para outros fins.

  De acordo com Oliveira e Zinato (2010) a deficiência dos serviços de saneamento ambiental tem gerado impactos negativos nas condições de vida e de bem-estar da população. Tal situação deve-se à inexistência de uma política nessa área para o País, na qual estejam definidas as competências e um programa consistente de investimentos, que busque a universalização dos serviços de saneamento ambiental.

  Outra questão que pesa para agravar a situação da água nos lares brasileiros são os desperdícios com vazamentos, esses vazamentos nas adutoras e encanamentos sem a manutenção devida e ligações clandestinas são os grandes vilões do gasto indevido da água potável.

  A falta de políticas e principalmente de fiscalização que visem assegurar a qualidade e preservação dos recursos hídricos brasileiros é um grande desafio atualmente, todos os dias surgem relatos e notícias de que tem um manancial sendo destruído, principalmente por empresas que não se preocupam com a qualidade e nem com o futuro da humanidade, que depende muito desse bem precioso que é a água.

  A maioria das pessoas acha que o simples fato de terem água em abundância podem gastar e desperdiçar a vontade, porém essa realidade está mudando a cada dia, e se não forem tomadas medidas drástica o mais rápido possível, em um futuro não tão longe os lares brasileiros sofrerão as consequências desses desperdícios de hoje.

 


Referências:

 
DNAEE - Diretor do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - Brasília, D.F. 1992.

LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Disponível em: http://www.ana.gov.br/Institucional/Legislacao/leis/lei9433.pdf. Acesso em 28/09/2010.

OLIVEIRA, Cecy; ZINATO, Maria do Carmo. Água e Saneamento Básico. POSEAD, Universidade Gama Filho. Brasília-DF, 2010.



A Situação da Água no Mundo

   A escassez de água no mundo é agravada por vários motivos, principalmente em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais.

  As diferenças registradas entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento chocam e evidenciam que a crise mundial dos recursos hídricos está diretamente ligada às desigualdades sociais.

  Uma grande questão que contribui para agravar a situação da água no mundo é a poluição dos recursos hídricos. Atualmente, com o aumento da população e do consumismo por consequência deste aumento, os recursos hídricos estão cada vez mais sofrendo uma degradação, isso por falta de políticas públicas e fiscalização suficiente para sanar esta questão.

  De acordo com Oliveira e Zinato (2010) o crescimento populacional implica mais demanda de água para o abastecimento. Simultaneamente, implica mais água para uma agricultura de maior escala para alimentar a crescente população. Além disso, por necessitar empregos, esses aglomerados humanos criam mais indústrias, que também consomem água e constroem mais hidroelétricas que precisam da água para mover suas turbinas e iluminar as noites de tantas cidades, com taxa positiva de crescimento.

  As pessoas utilizam a água não apenas para beber, mas também para se desfazer de todo tipo de material e sujeira. As águas contaminadas com numerosas substâncias recebem o nome de águas residuais.

  É bom ressaltar que existe uma grande quantidade de água no mundo, porém, a maior parte da água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida diretamente. Limpar e tratar a água é um processo bastante caro e complexo, destinado a eliminar da água os agentes de contaminação que possam causar algum risco para a saúde, tornando-a potável.

  Existe uma má distribuição dos recursos hidricos no mundo, onde em alguns países tem muita água e em outros existe uma grande escasses desse recurso.

  Segundo a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vão para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.

  Com esses dados pode-se notar que a prioridade do consumo de água não são para consumo humano, mais sim para a agricultura que além de consumirem a maioria da água potável ainda contribui para a destruição e degradação dos mananciais hídricos.

  Segundo o site da CETESB-SP (2010) um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso à água tratada. Um bilhão e 800 milhões de pessoas (43% da população mundial) não contam com serviços adequados de saneamento básico.

  Diante desses dados, tem-se a triste constatação de que dez milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água. Assim nota-se que o ideal é que o mundo adote medidas sustentáveis para que num futuro não tão longe o mundo não venha ficar sem esse recurso tão importante para a manutenção da vida na terra.






Referências:


Água no mundo. Disponível em: http://www.unicef.org. Acesso em 20/09/2010.

CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/gesta_escassez.asp. Acessado em 19/09/2010.

OLIVEIRA, Cecy; ZINATO, Maria do Carmo. Água e Saneamento Básico. POSEAD, Universidade Gama Filho. Brasília-DF, 2010.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Organismos Geneticamente Modificados - OGMs

   Por Rafael Oliveira Silva

   Hoje em dia com as avançadas pesquisas nesse ramo pode-se notar que os pesquisadores estão preocupados com o presente, e não há comprovadamente, como saber o que estes organismos geneticamente modificados trarão de prejuízos para a biodiversidade e principalmente para os homens.

   Na Carta da Terra o Princípio 15, também conhecido como Princípio da Precaução, diz o seguinte:

Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental“, traduzindo, “é melhor prevenir do que remediar” (UNITED NATIONS, 1992; BORÉM, 2005; ANDRADE; FALEIRO, 2009a).

   Segundo CRAIG e colaboradores (2008), dois tipos de riscos podem ocorrer em consequência da liberação de OGMs no ambiente: (1) efeitos inesperados na população-alvo, por exemplo, a evolução da resistência em pragas alvo/populações do patógeno quando o transgene confere resistência a uma praga ou patógeno; e (2) efeitos inesperados, em populações não-alvo, por exemplo, alterações na biodiversidade local associada direta ou indiretamente com a planta transgênica, ou aqueles associados com a integração e posterior expressão do transgene individual em um organismo diferente (fluxo gênico).

   O mais importante é que se criem e adotem critérios de avaliações dos impactos que estes OGMs poderão trazer para a humanidade, para que num futuro não tão longe, não sejamos todos responsáveis por um dano irreversível ao meio ambiente.




Referências:
*BORÉM, A. Impactos da biotecnologia na biodiversidade. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento, v. 34, p. 22-28. 2005.
*CRAIG, W.; TEPFER, M.; DEGRASI, G.; RIPANDELLI, D. An overview of general features of risk assessments of genetically modified crops. Euphytica, v. 164, p. 853–880, 2008.

*FALEIRO, F. G.; ANDRADE, S. R. M. Biotecnologia e transgênicos. In: FALEIRO, F. G.; ANDRADE, S. R. M. (Org.). Biotecnologia, transgênicos e Biossegurança. 1° ed. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2009, v. 1, p. 15-29.
* UNITED NATIONS. Rio declaration on Environment and Development. UN.DocA/Conf. 151/26/Ver.1, United Nations, New York, 1992. Disponível em: <http://www.un.org/documents/ga/conf151/aconf15126-1annex1.htm.> Acesso em: 25/08/2010.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MARKETING VERDE E O TURISMO

    Por Rafael Oliveira Silva

   O termo marketing verde refere-se aos instrumentos mercadológicos utilizados para explorar os benefícios ambientais proporcionados por um produto. Os benefícios ambientais mais valorizados são aqueles que contribuem para a sustentabilidade dos ecossistemas do planeta. Como a sustentabilidade dos recursos naturais necessários para a produção de bens destinados ao consumo humano implica mudanças quantitativas e qualitativas da oferta e da demanda, a utilização do marketing verde pressupõe a idéia de que seja possível criar riquezas com a diminuição de impactos ambientais negativos e a promoção de mudanças sociais que afetem os hábitos de consumo no mercado (GONZAGA, 2005).

   O marketing verde envolve as adoções de políticas ambientais, que vêm desde o início da coleta da matéria-prima até a sua disposição, envolvendo a área de recursos humanos, ciência e tecnologia, educação, enfim, tudo que estiver envolvido com a produção ou a prestação de serviços. O marketing verde é também conhecido como marketing ambiental, ecologicamente correto ou ecomarketing, de forma que são observados em empresas que aplicam métodos ecologicamente corretos ao gerenciamento interno na produção e na prestação de serviço.

O turismo e definido como as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanência em lugares distintos dos que vivem, por um período de tempo indeterminado, com fins de lazer, negócios e outros.

O marketing verde e o turismo possuem três dimensões:

• A do meio ambiente - natural e construído;

• A da vida econômica de comunidades e empresas;

• Os aspectos sociais do turismo, em termos de seus impactos sobre culturas locais e turistas e o modo como são tratados os que trabalham na indústria do turismo.



1 O Turismo com Base na Natureza

 

   A atividade turística é caracterizada pela interação do turista com o meio visitado, tanto no âmbito sociocultural quanto no âmbito natural. Daí a importância do desenvolvimento de um turismo sustentável. De acordo com ALMEIDA, FROEHLICH e RIEDL (2000), a definição de turismo sustentável foi desenvolvida para evitar os riscos que a condução inadequada da atividade pode provocar no meio ambiente. Nesse sentido, os impactos da atividade turística no meio ambiente devem ser devidamente estudados.

   Formas sustentáveis de turismo têm potencial para contribuir para a conservação de diversidade biológica dentro e fora de áreas protegidas, assim como promover melhorias na qualidade de vida das comunidades locais e regionais. E desta forma o turismo, visto sob uma nova concepção estratégica, deve ser um conjunto de bens e serviços que promova o desenvolvimento das comunidades locais. Não deve ser considerado somente como a implantação de meios de hospedagem, alimentação e locais de recreação e lazer, mas sim, um conceito que integra o desenvolvimento urbano e rural, criando um novo pólo de desenvolvimento, com investimentos em infra-estrutura urbana/rural, nas vias de acesso e melhores qualidades nos serviços de educação, saúde e segurança.

   Assim, há a necessidade de valorizar e proteger a natureza e sua diversidade biológica, assim como o patrimônio cultural, como a base essencial para o desenvolvimento sustentável do turismo, contribuindo à sua conservação.

 

2 O Ecoturismo

   O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu estado natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos.

   Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos e para o desenvolvimento sustentável das populações locais, melhorando a qualidade de vida das mesmas.

   O ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas.

   O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos ou tende a ser promovido como:

• uma forma de praticar turismo em pequena escala;

• uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo;

• uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infra-estrutura de apoio sofisticada é um dado menos relevante;

• uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos e vivências sobre os temas de meio-ambiente;

• uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio-ambiente locais do que formas tradicionais de turismo.



3 O Marketing-mix Ambiental no Turismo

   Para que houvesse o crescimento do turismo de forma rápida no decorrer dos anos, foi necessária a utilização de um instrumento, o marketing, que inicialmente era aplicado somente na promoção de produtos industriais, sendo utilizado no turismo como uma ferramenta de sobrevivência, transformando-o em um produto que visa atender uma das necessidades fundamentais do ser humano: o lazer.

   O marketing mix é de suma importância para se saber os primeiros passos a serem dados para a divulgação do produto e/ou serviços, estudando-o e analisando-o através dos 4ps: Product (produto), Prices (preços), Promotion (promoção) e Place (distribuição). Cada um com sua específica função, KOTLER (2003, p.288) os classifica da seguinte forma:

   Produto é algo que pode ser oferecido á um mercado com a finalidade de chamar a atenção, seja adquirindo-o, utilizando-o ou consumindo-o com o objetivo de satisfazer o desejo ou uma necessidade. Com relação ao preço, ele é empregado para garantir os objetivos estratégicos da divulgação; a distribuição corresponde as diferentes atividades que se desenvolvem para divulgar os méritos dos produtos e persuadir o público-alvo a comprar; por fim, a promoção/comunicação é considerada o traslado de informações sobre o produto, com um papel absolutamente definido no ato da venda do produto turístico.

   Desta forma, é possível definir a demanda, informar, persuadir, promover e vender o produto ao seu determinado público que busca realizar seus desejos ou necessidades. Assim, usufruindo de forma satisfatória dos serviços oferecidos e obtendo a satisfação desejada no produto adquirido, o próprio público será responsável pela divulgação dos mesmos, da forma mais antiga de se fazer marketing, o famoso boca-a-boca.

   Sabe-se que, para obter o sucesso esperado, o marketing tem que ser bem planejado e organizado, tem que ser trabalhado de forma profissional levando em consideração todas as possibilidades e ter cuidado para que o número de pessoas que procura por tal serviço não exceda o limite suportável do atrativo, por exemplo, pois, os danos causados ao ambiente cultural e principalmente ao ambiente natural podem ser irreversíveis.

   De modo geral, o marketing é uma excelente ferramenta para se vender um determinado produto e/ou serviço. Diante de tas informações conclui-se então, que o marketing é uma forma organizada de se vender um produto ou um serviço, assim, se bem elaborado e planejado, o marketing turístico em um determinado local, com suas atenções voltadas diretamente ao seu público alvo e suas necessidades ou preferências, certamente se terá bons resultados e a localidade será mais procurada pela demanda, gerando renda e desenvolvimento para a região.




REFERÊNCIAS



* ALMEIDA, Joaquim Anécio; FROEHLICH, José Marcos; RIEDL, Mário (Org.). Turismo rural e desenvolvimento sustentável. Campinas: Papirus, 2000. (Coleção Turismo).

* GONZAGA, Carlos Alberto Marçal. Marketing Verde de Produtos Florestais: teoria e prática. Curitiba: UNICENTRO, 2005.

* KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 9 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Substâncias Tóxicas Persistentes - STP

Por Rafael Oliveira Silva



Hoje em dia, com a crescente oferta e demanda de novos produtos químicos, está crescendo as concentrações de grandes quantidades de compostos químicos no meio ambiente, estes por sua vez são provinientes das descargas industriais e de outras atividades antrópicas.

As Substâncias Tóxicas Persistentes são substâncias altamente tóxicas e prejudicial ao meio ambiente e a saúde, elas são formadas por compostos químicos orgânicos, podem ser bioacumulativos , ou seja, não são eliminados com o tempo pelo organismo e são resistentes à degradação química, biológica e fotolítica (da luz) .

De acordo com ALMEIDA (2010) as Substâncias Tóxicas Persistentes - STPs compreendem-se de classes de compostos orgânicos potencialmente tóxicos. Elas têm como principais características: alta hidrofobicidade, baixa reatividade no meio ambiente e grande tendência para se acumular, ou bioconcentrar, nos tecidos dos organismos vivos.

As STPs são consideradas poluentes globais, pois além de poluírem as áreas onde são liberadas, podem poluir áreas distantes destes locais, elas podem ser transportadas facilmente pelo ar, além de poluírem o solo (principalmente por consequência do uso de substâncias químicas nas atividades agrícolas) e a água (frequentemente presentes nos corpos aquáticos como conseqüência da deposição atmosférica, lavagem dos solos pelas águas das chuvas e/ou descarte direto dos efluentes urbanos e industriais).

ALMEIDA, CENTENO, BISINOTI e JARDIM (2007) relatam que existem várias Classes de STPs. Os Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos - PAH compõem uma classe de STP caracterizada como subprodutos não intencionais. Estas substâncias são formadas tanto por fontes naturais como por fontes antrópicas, sendo que as atividades antrópicas são as principais responsáveis pelos PAH no meio ambiente. As fontes naturais são consequência da síntese por bactérias, plantas e fungos, além das combustões (incêndios florestais ou emissões vulcânicas). A persistência dos PAHs no meio ambiente varia com a massa molar. Os PAHs de baixas massas molares são degradados mais facilmente. Enquanto os tempos de meia vida para o naftaleno e antraceno no sedimento são de 9 e 43 horas, respectivamente, os PAHs de massas molares mais altas apresentam tempos de meia vida em solos e sedimentos de alguns anos.

Os Bifenilas Policloradas – PCB são compostos caracterizados pela presença de anéis aromáticos halogenados. Esta classe de compostos foi introduzida em 1929 e produzida em diversos países (denominados de aroclor, clophen, phenoclor e etc.). Teoricamente esta classe compreende 209 compostos, mas apenas 130 deles são encontrados em produtos comerciais. Os PCB apresentam tempos de meia-vida estimados que variam de algumas semanas até 2 anos no ar e, com exceção dos mono e diclorobifenilas, mais de 6 anos em solos aeróbios e sedimentos. Os PCB também apresentam longos tempos de meia-vida em peixes adultos. Sua toxicidade aguda em mamíferos é geralmente baixa, no entanto, eles atuam como interferentes endócrinos. O setor elétrico é uma fonte ativa de PCB para o ambiente através da estocagem primária deste passivo ambiental.

Contudo, as Substâncias Tóxicas Persistentes, como o próprio nome já diz são persistentes e não desaparecem facilmente do meio ambiente, porém nota-se que existe uma grande falha nas leis e nos estudos sobre estas substâncias, que prejudicam e afetam a humanidade e a natureza de maneira drástica.




Referências Bibliográficas



-ALMEIDA, Fernanda Vasconcelos. Substâncias Químicas e Seus Impactos. POSEAD, Universidade Gama Filho. Brasília-DF, 2010.

-ALMEIDA, Fernanda V.; CENTENO Alberto J.; BISINOTI, Márcia Cristina; JARDIM, Wilson F. Substâncias Tóxicas Persistentes (STP) no Brasil. Disponível em: <http://quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/2007/vol30n8/33-RV06416.pdf > Acesso em: 03/07/2010.

sábado, 31 de julho de 2010

Relação entre a Variação de Oxigênio Dissolvido em Águas Naturais e o Grau de Eutrofização de um Corpo Hídrico

Por Rafael Oliveira Silva

De acordo com ALMEIDA (2010) todos os animais necessitam de oxigênio para sobreviver e apesar de o oxigênio fazer parte das moléculas de água, os animais não podem extrair esse oxigênio dessas moléculas.

A qualidade da água está diretamente relacionada com a concentração de oxigênio presente nela, as águas poluídas são aquelas que apresentam baixas concentrações de oxigênio dissolvido.

LANGANKE (2010) relata que a eutrofização é o processo de poluição de corpos d´água, como rios e lagos, principalmente por elementos nutritivos (o fosfato é um dos principais), esses corpos hídricos acabam adquirindo uma coloração turva ficando com níveis baixíssimos de oxigênio dissolvido na água. Isso provoca a morte de diversas espécies animais e vegetais, e tem um altíssimo impacto para os ecossistemas aquáticos.

O problema da eutrofização tem como ponto de partida o acúmulo de nutrientes dissolvidos na água. Corpos d´água naturais possuem baixos níveis de nutrientes dissolvidos, limitando o desenvolvimento de produtores, especialmente as algas. ALMEIDA (2010) menciona que em lagos eutrofizados, pode-se chegar a uma concentração de oxigênio bem superior a 10 mg/L, mesmo em temperaturas superiores a 20 ºC, caracterizando uma situação de supersaturação.

A eutrofização ocorre principalmente pela ação do homem na natureza. Dentre as ações humanas, que mais contribuem para acelerar o processo da eutrofização destacam-se:

• desmatação;

• criação de áreas agrícolas;

• industrialização;

• implantação de cidades;

• utilização excessiva de adubos e pesticidas;

• obras hidráulicas que impliquem ao aumento do tempo de residência das massas de água.

O aumento da concentração de nutrientes favorece o crescimento e a multiplicação do fitoplâncton (algas), o que provoca o aumento da turbidez da água, devido a tal, a luz solar não chega às plantas que se encontram submersas, não ocorrendo uma fotossíntese.

Apesar da quantidade de algas produzirem oxigênio através da fotossíntese, há uma saturação em oxigênio, pois sua distribuição superficial faz com que esse oxigênio escape para a atmosfera, pelo que não restabelece o oxigênio dissolvido ao nível de águas profundas. Essas algas têm seu crescimento rápido e criam uma espécie de “tapetes verdes” sobre a água, quando morrem, essas algas servem de alimentos para os decompositores (bactérias), que se multiplicam rapidamente e provoca uma diminuição do oxigênio dissolvido (consumido na respiração), esse esgotamento de oxigênio faz com os organismos que vivem nessas águas (peixes e outros) morram asfixiados.

Esse problema não é fácil de ser resolvido, porém existem algumas formas de tentar resolve-los. Todos os corpos d´água, portanto, devem receber especial atenção para que ecossistemas aquáticos inteiros não deixem de existir.

Referências Bibliográficas

 
ALMEIDA, Fernanda Vasconcelos de. Substâncias Químicas e Seus Impactos. POSEAD, Universidade Gama Filho. Brasília-DF, 2010.
LANGANKE, Roberto. Eutrofização. Disponível no site: http://eco.ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/des_eutro.htm#. Acessado em 25/07/2010.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Acidente Radiológico do Césio-137 em Goiânia-Goiás

Por Rafael Oliveira Silva

No dia 13 de Setembro de 1987, na cidade de Goiânia - Goiás aconteceu um dos piores e mais conhecidos acidentes radioativos do mundo: o acidente com o Césio-137, elemento radioativo Cloreto de Césio-137 (CsCL).

Tudo ocorreu quando um aparelho utilizado em radioterapias das instalações de um hospital abandonado foi encontrado na zona central de Goiânia por dois catadores de lixo, neste aparelho estava acoplada uma cápsula contendo um elemento radioativo que fora levado por estes catadores de lixo para ser vendido para um ferro velho.

Quando o dono do ferro velho abriu o aparelho ele encontrou um pó branco parecido com sal de conzinha, que no escuro brilhava numa cor azulada, ele ficou maravilhado com aquele pó e resolveu mostrar para seus amigos. Ele expôs ao ambiente 19,26g de cloreto de césio-137, pelo fato de esse sal ser higroscópico, ou seja, absorver a umidade do ar, ele facilmente adere à roupa, pele e utensílios, podendo contaminar os alimentos e o organismo internamente, o dono do ferro velho teve que passar por tratamento de descontaminação em um hospital do Rio de Janeiro e morreu sete anos depois, tão logo expostos à presença do material radioativo, as pessoas em algumas horas começaram a desenvolver sintomas: náuseas, seguidas de tonturas, com vômitos e diarreias. Alarmados, os familiares dos contaminados foram inicialmente a drogarias procurar auxílio, alguns procuraram postos de saúde e foram encaminhados para hospitais.

Ocorreu uma demora na detecção do problema e somente em 29 de setembro de 1987 e que foi dado o alerta de contaminação por material radioativo de milhares de pessoas, a esposa do dono do ferro velho foi a primeira a falecer, em 23 de outubro de 1987, ela e outras vitimas tiveram que ser enterradas com caixão blindado e erguido com um guindaste por causa das altas taxas de radiação.,

No total foram expostas aos efeitos do césio-137 112 800 pessoas, destas, 129 pessoas apresentaram contaminação corporal interna e externa concreta, vindo a desenvolver sintomas e foram apenas medicadas. A limpeza produziu 13,4 toneladas de lixo atômico, que necessitou ser acondicionado em 14 contêineres que foram totalmente lacrados. Dentro destes estão 1.200 caixas e 2.900 tambores, que permanecerão perigosos para o meio ambiente por 180 anos. Após o incidente cerca de 600 pessoas morreram, e até hoje, boa parte da população ainda necessita de tratamento para manter-se estável. Assim, os rejeitos foram enterrados em uma vala de aproximadamente 30 (trinta) metros de profundidade, revestida de uma parede de aproximadamente 1 (um) metro de espessura de concreto e chumbo, e sobre a vala foi construída uma montanha artificial.

Após o acidente radioativo os imóveis da região do acidente foram desvalorizados e somente no final dos anos 90 é que a região começou a passar uma imagem menos “assustadora” e agora normalizou a situação.


Referências Bibliográficas
TEIXEIRA, Deivid Cezario. Acidente do Césio-137. Adaptado do site <http://www.infoescola.com/quimica/acidente-do-cesio-137/>Acesso em 18/07/2010.
WIKIPÉDIA. Acidente Radiológico de Goiânia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiol%C3%B3gico_de_Goi%C3%A2nia> Acesso em 19/07/2010 e 20/07/2010.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ciclos Biogeoquímicos

Por Rafael Oliveira Silva

Arrébola (2009) cita que ciclos biogeoquímicos são processos naturais que reciclam elementos em diferentes formas químicas do meio ambiente para os organismos, e, depois, vice-versa. Água, carvão, oxigênio, nitrogênio, fósforo e outros elementos percorrem estes ciclos, unindo os componentes vivos e não-vivos da Terra.
Um ciclo biogeoquímico é o movimento ou o ciclo de um determinado elemento ou elementos químicos através da atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera da Terra.
Os ciclos estão intimamente relacionados com processos geológicos, hidrológicos e biológicos. Como exemplo, pode-se lembrar que um modesto conhecimento sobre o ciclo geológico (aqui referido como um conjunto dos processos responsáveis pela formação e destruição dos materiais da Terra, subdividido em: ciclo hidrológico e ciclo das rochas) é valioso para o conhecimento e compreensão de nosso ambiente, que é intimamente relacionado aos processos físicos, químicos e biológicos. Por exemplo, para avaliar o impacto ambiental de um material perigoso, como a gasolina, que vazou para o subsolo, as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, rochas e água deveriam ser entendidas. Essa compreensão ajudaria a responder perguntas como: Quão séria foi a contaminação? Quanto o contaminante poderá mover-se? Quanto o dano ambiental poderá ser minimizado?
Os ciclos mais importantes são:
• Ciclo da água
• Ciclo do carbono
• Ciclo do oxigênio
• Ciclo do nitrogênio
O homem através de suas ações interage consideravelmente em todos os ciclos biogeoquímicos. Isso traz uma série de problemas ambientais.
O homem ao interferir nos processos biogeoquímicos, o processo passa a ser acíclico. Para tanto, ocorre sérios desequilíbrios ao meio ambiente.
O homem afeta o ciclo da água de duas formas:
• Qualitativamente: Quando polui os corpos d’água, essa poluição pode ser por matérias orgânicas (ex. esgoto doméstico), por metais petróleo (ex. esgotos industriais e derramamentos) e por eutrofização (excesso de nutrientes - compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio- numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas);
• Quantitativamente: com o mau uso dos recursos hídricos (ex. desperdícios na agricultura, residências e indústrias).

Quando ocorre um desperdício de água nas indústrias (através dos processos de produção) isso afeta diretamente o ciclo da água, tal ciclo é afetado também quando existe uma contaminação dos mananciais de água.
Outra forma que o homem afeta os ciclos biogeoquímicos é através da destruição da camada de ozônio com a emissão de poluentes (especialmente o CFC - Clorofluorcarboneto), isso provoca o aquecimento global que afeta o CICLO DO CARBONO E DO OXIGÊNIO.
As queimadas na floresta amazônica, provocadas pela criação de áreas de pastagem, exploração da madeira e agricultura familiar, causam alterações nos ciclos biogeoquímicos (os percursos realizados no meio ambiente por um elemento químico) e afeta ainda mais o clima da região.


Referências Bibliográficas

ARRÉBOLA, Roberto Tadeu. Ciclos Biogeoquímicos. Adaptado do site http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/ciclos-biogeoquimicos. Acesso em 05/04/2010.

Mercado de Carbono

Por Rafael Oliveira Silva

Silva (2008) menciona que o mercado de carbono funciona de acordo com as regras do protocolo de Quioto - criado em 1997 durante a Terceira Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 3) realizada na cidade de Kyoto,Japão.
O Protocolo de Kyoto surgiu com a necessidade de criação de um mecanismo que assumisse a função de controlar a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera onde os paises signatários – paises industrializados - assumiram um compromisso de redução de gases de efeito estufa. Segundo o protocolo, para os paises em desenvolvimento(caso do Brasil), não há o compromisso de redução de GEE.
Um dos mecanismos de flexibilização para o auxilio na redução de GEE é o MDL(mecanismo de desenvolvimento limpo) – único que integra os paises em desenvolvimento ao mercado de carbono. Outros dois mecanismos são:
* Implementação Conjunta, realizado entre países desenvolvidos, podendo envolver economias em transição;
* Mercado de emissões, somente entre países desenvolvidos, onde um país que tenha reduzido as suas emissões a níveis abaixo da meta possa vender esse “excesso” para outro país.
Tal mercado funciona através da comercialização de certificados de emissão de gases do efeito estufa em bolsas de valores, fundos ou através de brokers, onde os países desenvolvidos, que tem que cumprir compromissos de redução da emissão desses gases, podem comprar créditos derivados dos mecanismos de flexibilização. Esse processo de compra e venda de créditos se dá a partir de projetos, que podem ser ligados a reflorestamentos, ao desenvolvimento de energias alternativas, eficiência energética, controle de emissões e outros.
Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa, também pode ser convertida em créditos de carbono, utilizando-se o conceito de Carbono Equivalente.
Comprar créditos de carbono no mercado corresponde aproximadamente a comprar uma permissão para emitir GEE. O preço dessa permissão, negociado no mercado, deve ser necessariamente inferior ao da multa que o emissor deveria pagar ao poder público, por emitir GEE. Para o emissor, portanto, comprar créditos de carbono no mercado significa, na prática, obter um desconto sobre a multa devida.
No Brasil já existem alguns projetos ambientais ligados ao sequestro de carbono, tanto ligados a multinacionais quanto a governos de vários países, mesmo não existindo uma legislação específica que classifique os mesmos de acordo com o MDL.
Muitas empresas como a Peugeot, Shell, AES Barry possuem projetos de controle ambiental no Brasil no intuito de conseguirem assim que o mercado de carbono for finalmente regulamentado a possibilidade de usar esses projetos como parte da redução das emissões de CO2 a que estão sujeitas nas sedes. Percebe-se que há muito para ser feito. A BM&F possui um protótipo de um certificado a ser transacionado pela bolsa o que será importante para por em prática as possibilidades desse novo mercado e medir a disposição da sociedade em bancá-lo.
Zanetti (2008) cita que o Brasil possui uma matriz energética considerada limpa (90% da energia elétrica é gerada por hidrelétricas) pode desenvolver projetos de MDL baseados no aumento do uso de fontes renováveis, em eficiência energética, na substituição dos combustíveis por outros com menor taxa de emissão de gases de efeito estufa, também considerados “mais limpos”.
A recuperação de áreas degradadas foi a única atividade florestal que recebeu até hoje créditos do mercado de carbono junto ao MDL. Para o caso brasileiro, estima-se que a atividade possa gerar, no mínimo, cerca de 6 tCO2eq/ha/ano, a um preço de R$ 25,00 / tCO2eq, são R$ 150,00 / ha/ano, ou um total de R$ 3.150,00 / ha para projetos de 21 anos de permanência. Somente para os 20 milhões de áreas degradadas da Amazônia Brasileira, isso significaria R$ 3 bilhões/ano de investimentos diretos na base produtiva do agronegócio. No Paraná, com mais de 1 milhão ha de áreas de Reserva Legal e APP para recuperação, poderiam ser gerados R$ 150 milhões/ano para os produtores rurais com a flexibilização das regras da Reserva Legal, considerando um valor mínimo para a comercialização desses créditos. Vale lembrar que a agregação de vários projetos individuais em torno de uma iniciativa única, a nível de Estado, eleva a quantidade de créditos e torna o negócio atrativo para os grandes compradores atuando nesse mercado de carbono. Quanto aos projetos de conservação da natureza, uma postura voluntária de utilizar a propriedade nesse sentido, pode receber maior apoio institucional e financeiro de organizações que apóiam diretamente projetos de conservação, e não agem senão como fiscalizadores na Reserva Legal e Área de Preservação Permanente. Com a possibilidade de conversão das áreas, essas organizações podem exercer um papel mais ativo na assistência técnica e financeira aos produtores que considerarem, de fato, sua Reserva Legal e APP como ferramentas de conservação da biodiversidade.
De acordo com o site desenvolver uma forma de exploração econômica do lixo produzido nas cidades, gerando energia, melhorando o Meio Ambiente e transformando a vidas das pessoas. Esta é a síntese do projeto Novagerar, que nasceu na Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de produzir energia limpa por meio do gás gerado no aterro sanitário. A iniciativa é uma parceria da empresas S. A Paulista, que atua no segmento de construção, e da EcoSecurities, especializada em questões de mitigação de gases de efeito estufa (GEE).
Hoje, a CTR aproveita o biogás (ou gás de aterro) produzido a partir da decomposição da matéria orgânica do lixo, que é composto por aproximadamente 55% de metano, um dos vilões do efeito estufa. Para evitar que esta poluição seja lançada na atmosfera, o gás é drenado, canalizado e usado como combustível que alimenta as unidades de tratamento dentro da própria CTR. O projeto prevê ainda a instalação de usinas geradoras de energia elétrica que terão capacidade para iluminar os prédios públicos da cidade onde o empreendimento está instalado.
O projeto NovaGerar atraiu interesse do Governo da Holanda por intermédio do Banco Mundial (BIRD), que fechou contrato com a empresa para a compra dos créditos de carbono gerados até 2012. Este é o primeiro projeto do Brasil ligado à destinação final de lixo que tem o apoio do BIRD.

Referências Bibliográficas


SILVA, Degmar Augusta da. Mercado De Carbono – Breves Considerações. <http://www.artigonal.com/meio-ambiente-artigos/mercado-de-carbono-breves-consideracoes-385592.html> Publicação: 12/04/2008. Acesso em: 10/04/2010.

Zanetti, Robson. A Reserva Legal no Brasil e o Mercado de Carbono. <http://www.webartigos.com/articles/7944/1/A-Reserva-Legal-No-Brasil-E-O-Mercado-De-Carbono/pagina1.html> Acesso em: 10/04/2010.

<http://www.conpet.gov.br/quioto/noticia.php?segmento=corporativo&id_noticia=433> Acesso em 10/04/2010