sábado, 31 de julho de 2010

Relação entre a Variação de Oxigênio Dissolvido em Águas Naturais e o Grau de Eutrofização de um Corpo Hídrico

Por Rafael Oliveira Silva

De acordo com ALMEIDA (2010) todos os animais necessitam de oxigênio para sobreviver e apesar de o oxigênio fazer parte das moléculas de água, os animais não podem extrair esse oxigênio dessas moléculas.

A qualidade da água está diretamente relacionada com a concentração de oxigênio presente nela, as águas poluídas são aquelas que apresentam baixas concentrações de oxigênio dissolvido.

LANGANKE (2010) relata que a eutrofização é o processo de poluição de corpos d´água, como rios e lagos, principalmente por elementos nutritivos (o fosfato é um dos principais), esses corpos hídricos acabam adquirindo uma coloração turva ficando com níveis baixíssimos de oxigênio dissolvido na água. Isso provoca a morte de diversas espécies animais e vegetais, e tem um altíssimo impacto para os ecossistemas aquáticos.

O problema da eutrofização tem como ponto de partida o acúmulo de nutrientes dissolvidos na água. Corpos d´água naturais possuem baixos níveis de nutrientes dissolvidos, limitando o desenvolvimento de produtores, especialmente as algas. ALMEIDA (2010) menciona que em lagos eutrofizados, pode-se chegar a uma concentração de oxigênio bem superior a 10 mg/L, mesmo em temperaturas superiores a 20 ºC, caracterizando uma situação de supersaturação.

A eutrofização ocorre principalmente pela ação do homem na natureza. Dentre as ações humanas, que mais contribuem para acelerar o processo da eutrofização destacam-se:

• desmatação;

• criação de áreas agrícolas;

• industrialização;

• implantação de cidades;

• utilização excessiva de adubos e pesticidas;

• obras hidráulicas que impliquem ao aumento do tempo de residência das massas de água.

O aumento da concentração de nutrientes favorece o crescimento e a multiplicação do fitoplâncton (algas), o que provoca o aumento da turbidez da água, devido a tal, a luz solar não chega às plantas que se encontram submersas, não ocorrendo uma fotossíntese.

Apesar da quantidade de algas produzirem oxigênio através da fotossíntese, há uma saturação em oxigênio, pois sua distribuição superficial faz com que esse oxigênio escape para a atmosfera, pelo que não restabelece o oxigênio dissolvido ao nível de águas profundas. Essas algas têm seu crescimento rápido e criam uma espécie de “tapetes verdes” sobre a água, quando morrem, essas algas servem de alimentos para os decompositores (bactérias), que se multiplicam rapidamente e provoca uma diminuição do oxigênio dissolvido (consumido na respiração), esse esgotamento de oxigênio faz com os organismos que vivem nessas águas (peixes e outros) morram asfixiados.

Esse problema não é fácil de ser resolvido, porém existem algumas formas de tentar resolve-los. Todos os corpos d´água, portanto, devem receber especial atenção para que ecossistemas aquáticos inteiros não deixem de existir.

Referências Bibliográficas

 
ALMEIDA, Fernanda Vasconcelos de. Substâncias Químicas e Seus Impactos. POSEAD, Universidade Gama Filho. Brasília-DF, 2010.
LANGANKE, Roberto. Eutrofização. Disponível no site: http://eco.ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/des_eutro.htm#. Acessado em 25/07/2010.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Acidente Radiológico do Césio-137 em Goiânia-Goiás

Por Rafael Oliveira Silva

No dia 13 de Setembro de 1987, na cidade de Goiânia - Goiás aconteceu um dos piores e mais conhecidos acidentes radioativos do mundo: o acidente com o Césio-137, elemento radioativo Cloreto de Césio-137 (CsCL).

Tudo ocorreu quando um aparelho utilizado em radioterapias das instalações de um hospital abandonado foi encontrado na zona central de Goiânia por dois catadores de lixo, neste aparelho estava acoplada uma cápsula contendo um elemento radioativo que fora levado por estes catadores de lixo para ser vendido para um ferro velho.

Quando o dono do ferro velho abriu o aparelho ele encontrou um pó branco parecido com sal de conzinha, que no escuro brilhava numa cor azulada, ele ficou maravilhado com aquele pó e resolveu mostrar para seus amigos. Ele expôs ao ambiente 19,26g de cloreto de césio-137, pelo fato de esse sal ser higroscópico, ou seja, absorver a umidade do ar, ele facilmente adere à roupa, pele e utensílios, podendo contaminar os alimentos e o organismo internamente, o dono do ferro velho teve que passar por tratamento de descontaminação em um hospital do Rio de Janeiro e morreu sete anos depois, tão logo expostos à presença do material radioativo, as pessoas em algumas horas começaram a desenvolver sintomas: náuseas, seguidas de tonturas, com vômitos e diarreias. Alarmados, os familiares dos contaminados foram inicialmente a drogarias procurar auxílio, alguns procuraram postos de saúde e foram encaminhados para hospitais.

Ocorreu uma demora na detecção do problema e somente em 29 de setembro de 1987 e que foi dado o alerta de contaminação por material radioativo de milhares de pessoas, a esposa do dono do ferro velho foi a primeira a falecer, em 23 de outubro de 1987, ela e outras vitimas tiveram que ser enterradas com caixão blindado e erguido com um guindaste por causa das altas taxas de radiação.,

No total foram expostas aos efeitos do césio-137 112 800 pessoas, destas, 129 pessoas apresentaram contaminação corporal interna e externa concreta, vindo a desenvolver sintomas e foram apenas medicadas. A limpeza produziu 13,4 toneladas de lixo atômico, que necessitou ser acondicionado em 14 contêineres que foram totalmente lacrados. Dentro destes estão 1.200 caixas e 2.900 tambores, que permanecerão perigosos para o meio ambiente por 180 anos. Após o incidente cerca de 600 pessoas morreram, e até hoje, boa parte da população ainda necessita de tratamento para manter-se estável. Assim, os rejeitos foram enterrados em uma vala de aproximadamente 30 (trinta) metros de profundidade, revestida de uma parede de aproximadamente 1 (um) metro de espessura de concreto e chumbo, e sobre a vala foi construída uma montanha artificial.

Após o acidente radioativo os imóveis da região do acidente foram desvalorizados e somente no final dos anos 90 é que a região começou a passar uma imagem menos “assustadora” e agora normalizou a situação.


Referências Bibliográficas
TEIXEIRA, Deivid Cezario. Acidente do Césio-137. Adaptado do site <http://www.infoescola.com/quimica/acidente-do-cesio-137/>Acesso em 18/07/2010.
WIKIPÉDIA. Acidente Radiológico de Goiânia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiol%C3%B3gico_de_Goi%C3%A2nia> Acesso em 19/07/2010 e 20/07/2010.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ciclos Biogeoquímicos

Por Rafael Oliveira Silva

Arrébola (2009) cita que ciclos biogeoquímicos são processos naturais que reciclam elementos em diferentes formas químicas do meio ambiente para os organismos, e, depois, vice-versa. Água, carvão, oxigênio, nitrogênio, fósforo e outros elementos percorrem estes ciclos, unindo os componentes vivos e não-vivos da Terra.
Um ciclo biogeoquímico é o movimento ou o ciclo de um determinado elemento ou elementos químicos através da atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera da Terra.
Os ciclos estão intimamente relacionados com processos geológicos, hidrológicos e biológicos. Como exemplo, pode-se lembrar que um modesto conhecimento sobre o ciclo geológico (aqui referido como um conjunto dos processos responsáveis pela formação e destruição dos materiais da Terra, subdividido em: ciclo hidrológico e ciclo das rochas) é valioso para o conhecimento e compreensão de nosso ambiente, que é intimamente relacionado aos processos físicos, químicos e biológicos. Por exemplo, para avaliar o impacto ambiental de um material perigoso, como a gasolina, que vazou para o subsolo, as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, rochas e água deveriam ser entendidas. Essa compreensão ajudaria a responder perguntas como: Quão séria foi a contaminação? Quanto o contaminante poderá mover-se? Quanto o dano ambiental poderá ser minimizado?
Os ciclos mais importantes são:
• Ciclo da água
• Ciclo do carbono
• Ciclo do oxigênio
• Ciclo do nitrogênio
O homem através de suas ações interage consideravelmente em todos os ciclos biogeoquímicos. Isso traz uma série de problemas ambientais.
O homem ao interferir nos processos biogeoquímicos, o processo passa a ser acíclico. Para tanto, ocorre sérios desequilíbrios ao meio ambiente.
O homem afeta o ciclo da água de duas formas:
• Qualitativamente: Quando polui os corpos d’água, essa poluição pode ser por matérias orgânicas (ex. esgoto doméstico), por metais petróleo (ex. esgotos industriais e derramamentos) e por eutrofização (excesso de nutrientes - compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio- numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas);
• Quantitativamente: com o mau uso dos recursos hídricos (ex. desperdícios na agricultura, residências e indústrias).

Quando ocorre um desperdício de água nas indústrias (através dos processos de produção) isso afeta diretamente o ciclo da água, tal ciclo é afetado também quando existe uma contaminação dos mananciais de água.
Outra forma que o homem afeta os ciclos biogeoquímicos é através da destruição da camada de ozônio com a emissão de poluentes (especialmente o CFC - Clorofluorcarboneto), isso provoca o aquecimento global que afeta o CICLO DO CARBONO E DO OXIGÊNIO.
As queimadas na floresta amazônica, provocadas pela criação de áreas de pastagem, exploração da madeira e agricultura familiar, causam alterações nos ciclos biogeoquímicos (os percursos realizados no meio ambiente por um elemento químico) e afeta ainda mais o clima da região.


Referências Bibliográficas

ARRÉBOLA, Roberto Tadeu. Ciclos Biogeoquímicos. Adaptado do site http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/ciclos-biogeoquimicos. Acesso em 05/04/2010.

Mercado de Carbono

Por Rafael Oliveira Silva

Silva (2008) menciona que o mercado de carbono funciona de acordo com as regras do protocolo de Quioto - criado em 1997 durante a Terceira Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 3) realizada na cidade de Kyoto,Japão.
O Protocolo de Kyoto surgiu com a necessidade de criação de um mecanismo que assumisse a função de controlar a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera onde os paises signatários – paises industrializados - assumiram um compromisso de redução de gases de efeito estufa. Segundo o protocolo, para os paises em desenvolvimento(caso do Brasil), não há o compromisso de redução de GEE.
Um dos mecanismos de flexibilização para o auxilio na redução de GEE é o MDL(mecanismo de desenvolvimento limpo) – único que integra os paises em desenvolvimento ao mercado de carbono. Outros dois mecanismos são:
* Implementação Conjunta, realizado entre países desenvolvidos, podendo envolver economias em transição;
* Mercado de emissões, somente entre países desenvolvidos, onde um país que tenha reduzido as suas emissões a níveis abaixo da meta possa vender esse “excesso” para outro país.
Tal mercado funciona através da comercialização de certificados de emissão de gases do efeito estufa em bolsas de valores, fundos ou através de brokers, onde os países desenvolvidos, que tem que cumprir compromissos de redução da emissão desses gases, podem comprar créditos derivados dos mecanismos de flexibilização. Esse processo de compra e venda de créditos se dá a partir de projetos, que podem ser ligados a reflorestamentos, ao desenvolvimento de energias alternativas, eficiência energética, controle de emissões e outros.
Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa, também pode ser convertida em créditos de carbono, utilizando-se o conceito de Carbono Equivalente.
Comprar créditos de carbono no mercado corresponde aproximadamente a comprar uma permissão para emitir GEE. O preço dessa permissão, negociado no mercado, deve ser necessariamente inferior ao da multa que o emissor deveria pagar ao poder público, por emitir GEE. Para o emissor, portanto, comprar créditos de carbono no mercado significa, na prática, obter um desconto sobre a multa devida.
No Brasil já existem alguns projetos ambientais ligados ao sequestro de carbono, tanto ligados a multinacionais quanto a governos de vários países, mesmo não existindo uma legislação específica que classifique os mesmos de acordo com o MDL.
Muitas empresas como a Peugeot, Shell, AES Barry possuem projetos de controle ambiental no Brasil no intuito de conseguirem assim que o mercado de carbono for finalmente regulamentado a possibilidade de usar esses projetos como parte da redução das emissões de CO2 a que estão sujeitas nas sedes. Percebe-se que há muito para ser feito. A BM&F possui um protótipo de um certificado a ser transacionado pela bolsa o que será importante para por em prática as possibilidades desse novo mercado e medir a disposição da sociedade em bancá-lo.
Zanetti (2008) cita que o Brasil possui uma matriz energética considerada limpa (90% da energia elétrica é gerada por hidrelétricas) pode desenvolver projetos de MDL baseados no aumento do uso de fontes renováveis, em eficiência energética, na substituição dos combustíveis por outros com menor taxa de emissão de gases de efeito estufa, também considerados “mais limpos”.
A recuperação de áreas degradadas foi a única atividade florestal que recebeu até hoje créditos do mercado de carbono junto ao MDL. Para o caso brasileiro, estima-se que a atividade possa gerar, no mínimo, cerca de 6 tCO2eq/ha/ano, a um preço de R$ 25,00 / tCO2eq, são R$ 150,00 / ha/ano, ou um total de R$ 3.150,00 / ha para projetos de 21 anos de permanência. Somente para os 20 milhões de áreas degradadas da Amazônia Brasileira, isso significaria R$ 3 bilhões/ano de investimentos diretos na base produtiva do agronegócio. No Paraná, com mais de 1 milhão ha de áreas de Reserva Legal e APP para recuperação, poderiam ser gerados R$ 150 milhões/ano para os produtores rurais com a flexibilização das regras da Reserva Legal, considerando um valor mínimo para a comercialização desses créditos. Vale lembrar que a agregação de vários projetos individuais em torno de uma iniciativa única, a nível de Estado, eleva a quantidade de créditos e torna o negócio atrativo para os grandes compradores atuando nesse mercado de carbono. Quanto aos projetos de conservação da natureza, uma postura voluntária de utilizar a propriedade nesse sentido, pode receber maior apoio institucional e financeiro de organizações que apóiam diretamente projetos de conservação, e não agem senão como fiscalizadores na Reserva Legal e Área de Preservação Permanente. Com a possibilidade de conversão das áreas, essas organizações podem exercer um papel mais ativo na assistência técnica e financeira aos produtores que considerarem, de fato, sua Reserva Legal e APP como ferramentas de conservação da biodiversidade.
De acordo com o site desenvolver uma forma de exploração econômica do lixo produzido nas cidades, gerando energia, melhorando o Meio Ambiente e transformando a vidas das pessoas. Esta é a síntese do projeto Novagerar, que nasceu na Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de produzir energia limpa por meio do gás gerado no aterro sanitário. A iniciativa é uma parceria da empresas S. A Paulista, que atua no segmento de construção, e da EcoSecurities, especializada em questões de mitigação de gases de efeito estufa (GEE).
Hoje, a CTR aproveita o biogás (ou gás de aterro) produzido a partir da decomposição da matéria orgânica do lixo, que é composto por aproximadamente 55% de metano, um dos vilões do efeito estufa. Para evitar que esta poluição seja lançada na atmosfera, o gás é drenado, canalizado e usado como combustível que alimenta as unidades de tratamento dentro da própria CTR. O projeto prevê ainda a instalação de usinas geradoras de energia elétrica que terão capacidade para iluminar os prédios públicos da cidade onde o empreendimento está instalado.
O projeto NovaGerar atraiu interesse do Governo da Holanda por intermédio do Banco Mundial (BIRD), que fechou contrato com a empresa para a compra dos créditos de carbono gerados até 2012. Este é o primeiro projeto do Brasil ligado à destinação final de lixo que tem o apoio do BIRD.

Referências Bibliográficas


SILVA, Degmar Augusta da. Mercado De Carbono – Breves Considerações. <http://www.artigonal.com/meio-ambiente-artigos/mercado-de-carbono-breves-consideracoes-385592.html> Publicação: 12/04/2008. Acesso em: 10/04/2010.

Zanetti, Robson. A Reserva Legal no Brasil e o Mercado de Carbono. <http://www.webartigos.com/articles/7944/1/A-Reserva-Legal-No-Brasil-E-O-Mercado-De-Carbono/pagina1.html> Acesso em: 10/04/2010.

<http://www.conpet.gov.br/quioto/noticia.php?segmento=corporativo&id_noticia=433> Acesso em 10/04/2010

Problema Ambiental do Município de Goiatuba-Goiás

Descarte de embalagens usadas de lubrificantes diretamente no lixão do município.

Por Rafael Oliveira Silva

CT - Câmara Técnica: Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos
GT - Grupo Técnico: Embalagens de Óleos Lubrificantes Usadas
Este problema e frequente em Goiatuba, todos os dias centenas de embalagens vazias de lubrificantes são jogadas nos lixos comuns e vão parar diretamente no lixão do município, tal município se quer tem um aterro sanitário, e nem uma empresa especializada para recolher estas embalagens e fazer a devida reciclagem ou destino final destas embalagens. Achei interessante esse assunto é descobri que o objetivo principal dos Grupos Técnico (GTs) é intercambiar, interagir e trocar informações e conhecimentos, como também sensibilizar, mobilizar e debater sobre temas e aspectos específicos de interesse da população em geral.
Pude notar que conforme a ABNT NBR 10.004 - Resíduos Sólidos- Classificações, das embalagens plásticas e baldes contendo residual de óleo lubrificante, são classificadas como classe I- perigosos, por apresentar características de toxicidade e, essa periculosidade induz a conscientização de que o descarte no lixo comum é uma prática que deve ser abolida, pela possibilidade de causar danos ao meio ambiente e a saúde pública. A redução do descarte no lixo comum e o incentivo à coleta seletiva e reciclagem das embalagens plásticas usadas trazem uma série de benefícios à sociedade, tais como: o aumento da vida útil dos aterros, geração de empregos, economia de energia e de recursos naturais, entre outros.
Tal GT está discutindo sobre este problema ambiental e ajudando a descobrir soluções para este problema, isso e extremamente importante, pois tal problema ocorre em diversos municípios do Brasil e está poluindo cursos d’águas, solo, lençóis freático entre outros.
Abraços

Artigo sobre Resoluções: 16, 37 e 65 do CNRH- Conselho Nacional dos Recursos Hídricos

Por Rafael Oliveira Silva

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH é o órgão mais expressivo da hierarquia do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SINGREH, tem por objetivo promover a integração do planejamento de recursos hídricos no nível nacional, regional e estadual e também entre os setores de usuários. É um importante órgão que assegura a conservação dos recursos hídricos brasileiros. É uma forma para equacionar questões de escassez de água é a implementação de gestão de recursos hídricos, por meio de procedimentos integrados de planejamentos, políticas públicas, criação de condições de entendimentos entre os envolvidos e legislação adequada que visem aperfeiçoar os recursos em benefício da sociedade.
A Resolução Nº 16 de 8 de Maio de 2001 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH, dispõe sobre critérios gerais para a outorga de direito de uso de recursos hídricos, ou seja, estabelece os critérios para o uso desses recursos, este princípio delineia o instrumento da outorga de direito de uso da água, o qual é uma autorização do Estado para utilização da água, cabendo sua dispensa para os usos de necessidades básicas e as utilizações consideradas insignificantes.
O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água (art.11, da Lei 9.433/97). O consumo humano é uso prioritário, pois se relaciona diretamente com o direito à vida. O tratamento da água captada e o saneamento público possuem interfaces com questões de saúde pública e desenvolvimento do núcleo urbano.
SILVA (2008) cita que no caso de outorga de lançamento de efluentes em corpos hídricos, busca-se a ordenação do uso do meio hídrico para destinação final dos resíduos de atividades antrópicas, onde eles serão diluídos, afastados e depurados. Porém o que se pode notar é que a maioria das empresas não estão seguindo estes princípios, infelizmente, em nosso país premiado pela abundante natureza, os órgãos gestores não possuem quadro técnico em número suficiente e tampouco recursos financeiros para desempenhar as funções fiscalizadoras e exercer o efetivo poder de polícia para fazer cumprir plenamente os comandos das licenças ambientais e das outorgas de uso da água.
Neste contexto a Resolução Nº 37 de 26 de Março de 2004 do CNRH estabelece diretrizes para a outorga de recursos hídricos para a implantação de barragens em corpos de água de domínio dos Estados, do Distrito Federal ou da União, exigindo estudos técnicos para análise do requerimento de outorga de recursos hídricos, cabendo ao órgão outorgante definir o conteúdo destes estudos, estes por sua vez devem ser elaborados por profissionais legalmente habilitados, com registros no respectivo Conselho de classe.
A Resolução Nº 65 de 7 de Dezembro de 2006 do respectivo CNRH estabelece diretrizes de articulação dos procedimentos para obtenção da outorga de direito de uso de recursos hídricos com os procedimentos de licenciamento ambiental.
Contudo, pode-se notar que o que falta no Brasil não é lei, mais sim uma melhor fiscalização dos infratores destas leis, punindo com maior rigor estes infratores, para que o um dos maiores bens público, que é a água, seja preservado e possa ser garantido para as presentes e futuras gerações.

Rafael Oliveira Silva é Gestor Ambiental e Pós-Graduando em Saneamento Ambiental.


Referências Bibliográficas
:

BRASIL. Lei nº 9.433, de 08 de Janeiro de 1997. Disponível em: http://www.ana.gov.br/Legislacao/default2.asp. Consultado em 18/06/2010.

Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH. Disponível em: http://www.qualidade.eng.br/ambiente/conheca_cnrh.htm. Consultado em: 15/06/2010 e 16/06/2010.

Resoluções 16, 37 e 65 CNRH. Disponível em: http://www.cnrh-srh.gov.br. Consultado em: 15/06/2010; 16/06/2010; 17/06/2010 e 20/06/2010.

SILVA, Rita Alves. Gestão de Recursos Hídricos. POSEAD, Universidade Gama Filho. Brasília-DF, 2008.